Tenho muitas saudades do Licungo,
do Lugela…
Gostava de escrever um nome em
todas as margens,Com uma cana que apanhasse por ali, deixar marca
Que a água, quando subisse, não apagasse mais…
Apetecia-me pisar a areia e passar ao lado da água
E tentar não molhar o rosto com alguma lágrima
Que não conseguisse conter, do meu sentimento…
Esse nome que me cresce no cérebro, no quotidiano,
Incendeia-me a mente, de uma forte mágoa,
Parecendo inquirir-me sobre a sua história,
Que não vivi, não senti, nem vi quaisquer imagens
Restando-me relatos distantes, que foram demais
As mudanças e o tempo que passou pela memória
De um povo igual a tantos outros, no sentir africano;
Que tolera a diferença, no melhor consentimento.
A palavra que a cana desenhasse, seria aquela
Que apenas traduzisse o amor autêntico aos rios,
Às suas gentes, á terra que os ladeia, á vida
E que estes levassem, na sua corrente, uma caravela
Com a saudade de alguns, como eu alvedrios,
Que sabemos o que é ter uma paixão sofrida.
Sem comentários:
Enviar um comentário