Domvs Mvnicipalis.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Apenas uma Palavra.


Tenho muitas saudades do Licungo, do Lugela…
Gostava de escrever um nome em todas as margens,
Com uma cana que apanhasse por ali, deixar marca
Que a água, quando subisse, não apagasse mais…
Apetecia-me pisar a areia e passar ao lado da água
E tentar não molhar o rosto com alguma lágrima
Que não conseguisse conter, do meu sentimento…
Esse nome que me cresce no cérebro, no quotidiano,
Incendeia-me a mente, de uma forte mágoa,
Parecendo inquirir-me sobre a sua história,
Que não vivi, não senti, nem vi quaisquer imagens
Restando-me relatos distantes, que foram demais
As mudanças e o tempo que passou pela memória
De um povo igual a tantos outros, no sentir africano;
Que tolera a diferença, no melhor consentimento.
A palavra que a cana desenhasse, seria aquela
Que apenas traduzisse o amor autêntico aos rios,
Às suas gentes, á terra que os ladeia, á vida
E que estes levassem, na sua corrente, uma caravela
Com a saudade de alguns, como eu alvedrios,
Que sabemos o que é ter uma paixão sofrida.

 
Joantago

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